Na última reunião da American Chemical Society (ACS), realizada em Chicago, foi alertado para os perigos das tatuagens, principalmente devido à composição das tintas.
A mais alta autoridade reguladora da saúde nos Estados Unidos, o FDA (sigla em inglês para Food and Drug Administration), reconhece que essa composição de tintas é amplamente desconhecida, mas eles estão trabalhando para separar os diferentes componentes e identificá-los.
Para fazer isso, eles usam diferentes técnicas analíticas, incluindo espectroscopia UV-visível, ressonância magnética, digestão ácida por micro-ondas, espectroscopia molecular e ICP-MS (espectrometria de massa com plasma acoplado indutivamente).
Além disso, A remoção de tatuagens também é uma preocupação para pesquisadores e reguladores, pois não se sabe como as tintas se decompõem e, portanto, quais produtos elas formam.
Nestas conferências científicas da ACS, foi anunciada a análise de quase uma centena de tintas e, ao mesmo tempo, chamaram a atenção para a sua composição nos rótulos dos produtos, que, na sua grande maioria, estão incorretas.
Assim, a equipe liderada pelo professor John Swierk, da Universidade de Binghamton, em Nova York, conseguiu detectar minúsculas partículas nessas tintas, potencialmente prejudiciais às células humanas. Em um deles, o etanol não constava como ingrediente, mas análises químicas mostraram que ele estava presente na tinta.
Para responder a perguntas sobre o uso de lasers para remover tatuagens, o professor Swierk conta com uma abordagem interdisciplinar baseada em química analítica, ciência de materiais e biologia celular.
