A saúde pública estoura pelas costuras

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O Sistema Nacional de Saúde está prestes a rebentar pelas costuras. A frase não é de quem escreve, mas circula em todas as fofocas sanitárias por meses devido à confluência de uma espécie de fatores que são muito difíceis de reverter. Um deles, e não menos, é o pandemia. A avalanche de pacientes com covid em 2020 e 2021 devastou a já altamente desvalorizada atenção primária e obrigou os hospitais a atrasar o atendimento aos pacientes de outras patologias, desencadeando listas de espera e mortes inesperadas. A isto deve ser adicionado um déficit orçamentário crônico que o Governo, apesar das proclamações mediáticas, não conseguiu reverter.

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Somado a esse tipo de tempestade perfeita, o aumento das consultas de saúde devido ao envelhecimento da populaçãoele tédio de profissionais muito mal pagos e, claro, não suficientemente reconhecidos, e a pressão que estão exercendo sobre os gastos medicamentos e equipamentos tecnológicos cada vez mais eficazes e de ponta, mas também mais caros.

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O resultado de tudo isso foi um deterioração da qualidade que ameaça converter a saúde pública em saúde beneficente. Hoje, quem tem dinheiro assina plano de saúde privado porque o modelo público leva meses para diagnosticar e tratar. Para tudo isso, a atitude das autoridades de saúde também não ajudou.

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O Ministério da Saúde passou toda a legislatura falando da resiliência do modelo e usando outras palavras ocas, mas as ações de melhoria têm primado pela ausência. O fato é que A saúde ainda é regida por leis e regulamentos anacrônicos do século passado, assim como o regime trabalhista dos trabalhadores. O modelo está prestes a expirar e ninguém faz nada.

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