Médicos preventivos lamentam que a Saúde não conte com eles no Plano contra a resistência a antibióticos

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A Sociedade Espanhola de Medicina Preventiva, Saúde Pública e Gestão em Saúde (Sempspgs) lamenta que o Ministério da Saúde, por meio da Agência Espanhola de Medicamentos, não tenha contado com seus especialistas para o desenvolvimento dos Programas de Otimização do Uso de Antimicrobianos (PROA), incluídos na estratégia do Plano Nacional contra a Resistência aos Antibióticos (PRAN), e cuja apresentação pública está marcada para o próximo dia 15 de fevereiro.

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Diante dessa situação, a sociedade manifesta “sua absoluta surpresa, desacordo e decepção” por não ser incluída como uma das sociedades científicas que contribuem para evitar infecções relacionadas à assistência à saúde, “como tem sido demonstrado durante a atual pandemia de Covid-19“, dizem em comunicado.

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O documento refere-se ao desenvolvimento de padrões e indicadores para o consenso de todos os profissionais de saúde e que servirão de guia de trabalho para a correta implementação do PROA, ajudando a definir boas práticas e fornecendo os requisitos que os centros devem cumprir. A vigilância, prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) é parte muito importante, juntamente com as vacinas (prevenção primária) e a biossegurança ambiental, do portfólio de serviços da especialidade de Medicina Preventiva e Saúde Pública, que conta com mais mais de 40 anos de experiência em nosso país.

Os intensivistas argumentam que “o objetivo final dos programas de otimização da prescrição de antibióticos deve ser garantir a segurança do paciente, começando pela prevenção de infecções. Posteriormente, deve-se prescrever tratamentos mais adequados e minimizar os efeitos adversos derivados de seu uso, controlar o aparecimento de resistência e garantir o uso de tratamentos econômicos. Deixar de lado os saberes e experiências de especialistas em Medicina Preventiva e Saúde Pública, como tem sido feito, evidencia a falta de respeito que algumas instâncias têm para com esta especialidade médica, bem como o incumprimento da carteira de serviços”.

Evite multirresistência

“O principal mecanismo de resistência microbiana -explicam desde o Sempspgs- é o uso inapropriado de antibióticos de espectro muito amplo para germes que poderia ter sido tratado de maneira escalonada ou, melhor ainda, ter evitado infecções e multirresistência”.

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Com o objetivo de unificar critérios, padronizar indicadores e poder todos trabalhar sob os mesmos padrões, o PRAN elaborou um documento com as sociedades científicas do meio hospitalar (SEFH e Seimc) e a comunidade; Embora a participação do Sempspgs não tenha sido contemplada no âmbito hospitalar, elo muito importante na prevenção, gerenciamento de leitos, rastreamento de contatos, evitando o colapso de hospitais

“Observamos que sociedades científicas como AEPap, Sefap, Seimc, Semergen, Semfyc, SEMG, SepeAP estão presentes, para colaboração das comunidades autônomas, as normas para certificação de equipamentos comunitários e hospitalares PROA, mas não tem havido a participação do Sempspgs”, continua o comunicado. Por tudo isso, concluem, “acreditamos ser necessário que nossa sociedade seja representada e pode contribuir com a visão da nossa especialidade nestes documentoss, e assim informamos as autoridades competentes”.

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