“A digitalização humaniza e melhora o atendimento ao paciente”

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Esta semana eles organizaram uma Conferência sobre Inovação em Saúde Digital. A digitalização permite maior coordenação em benefício do paciente?

Completamente. Favorece que o paciente seja o centro do cuidado e que os profissionais organizem esse cuidado ao seu redor: que possamos avaliar e gerenciar as informações de outros profissionais em tempo real, já que essas informações os acompanham o tempo todo. Permite trabalhar com o paciente remotamente. Em suma, melhora a humanização e o atendimento ao paciente.

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Como uma gestão responsável dos recursos resulta em benefício do paciente?

A eficiência em saúde deve ser trazida para o que realmente agrega valor ao paciente. A digitalização ajuda, por exemplo, a não duplicar ações, interagir com o paciente sem ter de se deslocar ou sem repetir determinados exames, permite melhorar as técnicas de imagiologia e isso com uma única técnica, utilizando Inteligência Artificial (IA) ou sequenciação de 3D, não temos que fazer certos exames complementares… Com a gestão responsável dos recursos precisamos fazer menos exames para obter o mesmo ou melhor benefício no paciente.

Dos projetos de inovação que tem em curso, quais destacaria?

Existem projetos de inovação em saúde digital, tanto na área clínica e assistencial quanto na gestão e pesquisa. Há ainda os relacionados com a IA, com a prevenção da infeção cirúrgica, com os cuidados domiciliários e à distância, o chatbot oncológico…

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Quais as vantagens de trabalhar online?

Permite melhorar projetos a partir de qualquer ponto de partida, reduzir possíveis imprecisões, aumentar inter-relações, multiplicar ideias… São melhorias que beneficiam o paciente. Além disso, a vantagem advém não só do networking, mas de ter uma unidade centralizada, a UICO, que facilita a interligação entre todo o tipo de serviços, centrais ou específicos; e departamentos, tanto clínicos como não assistenciais.

Eles lançaram muitos projetos remotos. Quais são os prós e os contras de não ter que ir fisicamente ao hospital?

Se agregar valor ao paciente, claro, ele deve ir, mas se não, deve ter a oportunidade de não ter que se deslocar, ou de fazê-lo apenas quando necessário. Muitos de nossos pacientes vivem com diferentes comorbidades ou suas atividades diárias não facilitam a ida física ao hospital. Se pudermos facilitar essas etapas por meio de nosso aplicativo, o Portal do Paciente, ou as ferramentas que temos para interagir com eles remotamente, podemos conciliar a melhoria da qualidade de vida com cuidados de saúde eficazes.

Que progressos houve na digitalização da Anatomia Patológica?

Sua digitalização também permitiu deslocalizar a análise de resultados patológicos, trabalhar em rede, distribuir a carga de trabalho, agilizar e contrastar segundas opiniões sem a necessidade de transferir as amostras… Em suma, facilitou o trabalho dos profissionais e melhorou sua eficiência, o que resulta em maior precisão e agilidade no diagnóstico.

Quais das iniciativas apresentadas na conferência você destacaria?

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Mais importante ainda, todos eles já são uma realidade hoje e têm um impacto positivo e significativo no atendimento ao paciente.

Por exemplo?

Há quem esteja melhorando a prevenção, por exemplo, da infecção cirúrgica no hospital, melhorando sua análise e detecção; outros que trabalham com o paciente, reduzindo o índice de internações após o atendimento de emergência; noutros casos, melhoram a informação que obtemos dos doentes tratados, permitindo implementar melhorias na dispensação farmacológica e aconselhamento farmacêutico.

O que ainda falta alcançar na Saúde Digital?

Temos de tentar não deixar ninguém para trás, chegar a todos os doentes, ultrapassar o fosso digital, melhorar a formação dos profissionais, ajudar a melhorar processos baseados em recursos, implementar recursos… Em suma, continuar. E também que sejam realizadas mais conferências desse tipo, nas quais profissionais de qualquer hospital ou área de trabalho aprendam com as melhorias e projetos de outros colegas ou centros para não repetir erros ou ter que enfrentar barreiras já superadas.

O futuro dos hospitais está em…

Por não deixar para trás uma única ferramenta que tenha se mostrado eficaz e por implementar todas elas constantemente, tendo o paciente como centro e em benefício de sua saúde.

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