“Graças ao uso da cirurgia robótica, reduzimos a radiação na sala de cirurgia”

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1. Qual é a inovação mais avançada atualmente disponível para você em cirurgia robótica?

Há um ano, fomos pioneiros em um novo robô guiado para cirurgia de coluna, que nos permite 100% de precisão na colocação de implantes de coluna. Temos como novidade que os motores que utilizamos nas cirurgias de coluna agora podem ser utilizados através do robô. Além disso, também temos uma atualização de software de planejamento muito útil que permite simular como as colunas ficariam de acordo com diferentes técnicas cirúrgicas.

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2. Como se aplica este tipo de tecnologia aos problemas de coluna mais comuns?

Planejamento e execução exata são as grandes vantagens proporcionadas por este tipo de tecnologia de ponta. Permite realizar a colocação de implantes com a máxima precisão por trajetórias previamente planejadas.

3. Você já tem experiência em mais de cem intervenções na coluna vertebral com a plataforma robótica Mazor X. Qual é a sua avaliação?

É uma grande tranquilidade ter esta tecnologia. Você sabe que os implantes serão bem colocados através de trajetórias seguras.

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4. Qual é o papel da precisão neste tipo de intervenções tão específicas?

É muito importante porque estamos trabalhando muito perto de estruturas nervosas que são muito delicadas, como os nervos que percorrem a coluna vertebral.

5. Para quais intervenções na coluna este tipo de robô é mais eficaz?

Neste momento, principalmente na colocação de parafusos pediculares para fusões ou artrodeses lombares, que são uma parte muito importante das cirurgias que realizamos no Instituto Clavel. Esperamos que em um futuro não muito distante o robô possa participar de mais cirurgias da coluna e realizar mais funções. Na verdade, já estamos testando em cirurgias que antes eram feitas sem robô. A orientação do braço robótico previamente planejada nos permite realizar abordagens laterais propensas pela primeira vez no mundo para a colocação direta de gaiolas intersomáticas. Uma cirurgia que exigiu uma grande quantidade de radiação para confirmar a colocação do implante. Agora, no entanto, com posicionamento guiado com precisão, praticamente não há necessidade de radiografias na sala de cirurgia.

6. Quais as vantagens para o cirurgião em utilizar este tipo de ferramenta?

Principalmente traz tranquilidade ao cirurgião e, por sua vez, reduz o estresse. Além disso, há muito menos radiação durante a intervenção.

7. Aliás, essa redução do tempo de radiação é um dos grandes pilares dessa técnica. Que valor isso tem?

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É muito importante, pois toda a equipe cirúrgica é exposta à radiação todos os dias na sala de cirurgia várias vezes ao dia. Ter uma tecnologia que reduz drasticamente a radiação que recebemos é vital para nós.


operação robótica
operação robótica Quíron Quíron

8. E para a pessoa afetada? Que benefícios são alcançados?

Para o paciente, aumenta a segurança. Que a cirurgia realizada não seja complicada, obtendo assim o melhor resultado. Além disso, o robô nos auxilia principalmente nas técnicas cirúrgicas mini-invasivas. As cirurgias robóticas são menos invasivas: o paciente perde menos sangue, fica menos exposto a infecções, passa menos tempo no hospital e se recupera mais cedo.

9. A utilização desta ferramenta requer treinamento contínuo dos profissionais que a utilizam?

Definitivamente. Sempre temos que atualizar sobre melhorias. Embora eu deva dizer que pela experiência que já temos, somos nós mesmos que sugerimos e defendemos essas melhorias.

10. Depois desses cem casos, que expectativas futuras você tem com seu uso?

Estamos trabalhando para que o robô realize manobras mais complexas, como cortar osso ou extrair uma hérnia. No momento, o software está sendo modernizado para melhor reconhecer partes anatômicas mais complexas da vértebra, o que em breve nos permitirá solicitar sua participação em mais partes da cirurgia.

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