Como o sangue é realmente formado?

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As origens do sangue podem não ser exatamente o que pensávamos. Usando código de barras celular em camundongos, um estudo inovador publicado esta semana na revista científica Nature descobriu que as células sanguíneas não se originam de um tipo de célula-tronco, mas de dois.

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A descoberta foi descoberta em roedores, mas se for confirmada posteriormente em humanos, mudará drasticamente nossa compreensão sobre câncer de sangue, transplante de medula óssea e envelhecimento do sistema imunológico.

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“Ficamos surpresos ao encontrar outro grupo de células progenitoras que não veio de células-tronco. Elas produzem a maior parte do sangue na vida fetal até o início da idade adulta, e então gradualmente começam a declinar”, explica Fernando Camarco, do Boston Children’s Hospital Stem Cell Program, membro do Harvard Stem Cell Institute e professor da referida universidade americana.

Para chegar a essa descoberta, os pesquisadores aplicaram uma técnica de código de barras que desenvolveram há vários anos. Usando uma enzima conhecida como transposase, eles inseriram sequências genéticas únicas em células embrionárias de camundongos de forma que todas as células descendentes deles também carregassem essas sequências. Isso lhes permitiu rastrear a aparência de todos os diferentes tipos de células sanguíneas e de onde elas vieram até a idade adulta.

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“Anteriormente, as pessoas não tinham essas ferramentas. Além disso, a ideia de que as células-tronco dão origem a todas as células sanguíneas estava tão arraigada no meio (científico-médico) que ninguém tentou questioná-la”, diz Camargo, que explica que “ao rastrear o que aconteceu em camundongos ao longo prazo, fomos capazes de ver uma nova biologia.”

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