Transtorno alimentar grave é altamente hereditário, diz novo estudo

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O Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (Arfid), um tipo relativamente novo de transtorno alimentar, é fortemente influenciado por fatores genéticos, de acordo com um estudo conduzido por pesquisadores do Karolinska Institutet (Suécia) e publicado na revista “JAMA Psychiatry”.

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Arfid é um distúrbio alimentar grave que causa desnutrição e deficiências nutricionais e os pesquisadores estimam que entre um e cinco por cento da população sofre com isso. É caracterizada pela evitação de certos tipos de alimentos devido ao desconforto sensorial das características ou aparência dos alimentos ou, por exemplo, medo de engasgar, fobia de intoxicação alimentar ou falta de apetite.

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Os pesquisadores descobriram que o componente genético para desenvolver esse distúrbio é alto, em 79%. “Este estudo sugere que o ARFID é altamente hereditário. O componente genético é superior ao de outros distúrbios alimentares e comparável ao de distúrbios neuropsiquiátricos, como autismo e TDAH”, diz Lisa Dinkler, pesquisadora de pós-doutorado do Departamento de Epidemiologia Médica e Bioestatística do Karolinska Institutet.

O estudo envolveu uma coorte de quase 17.000 pares de gêmeos da Suécia nascidos entre 1992 e 2010. Foi possível identificar um total de 682 crianças com ARFID com idades entre seis e doze anos. Os pesquisadores usaram o método dos gêmeos para determinar a influência dos genes e do ambiente no início da doença.

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“Sabemos que gêmeos idênticos compartilham todos os genes e que gêmeos fraternos compartilham cerca de metade dos genes que diferenciam as pessoas. Então, quando vemos que uma determinada característica é mais comum em ambos os membros de pares de gêmeos idênticos do que em pares de gêmeos fraternos, é uma indicação de que há uma influência genética. Assim podemos estimar até que ponto uma característica é influenciada por fatores genéticos”, explica Lisa Dinkler.

O próximo passo na pesquisa do Dr. Dinkler é estudar até que ponto a arfid está associada a outros diagnósticos psiquiátricos, como ansiedade e depressão, distúrbios do desenvolvimento neurológico e problemas gastrointestinais.

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