Talvez os hospitais estejam lotados por dentro, mas O que os executivos da cidade financeira de Hong Kong me dizem hoje em dia é que a situação é mais normal do que dizemos na Espanha. É verdade que quase todos usam máscaras, mas já as usavam antes da pandemia, como mecanismo de defesa contra a poluição. Nem ambulâncias saturando as ruas nem polícia pandêmica vigiando as pessoas nem caminhões com mortos na rua.
O acesso a Hong Kong é o mais normal, sem controlos de PCR, sem sequer ter de mostrar o cartão de vacinação. As autoridades chinesas pedem um extrato que dê acesso a um QR Code Verde que permite uma fácil entrada e saída da cidade. A mesma normalidade é percebida em restaurantes, lojas, hotéis ou visitas guiadas. Os executivos mencionados garantem que a pandemia não foi tão feroz quanto eles a pintam. As medidas extremas da estratégia Covid Zero conseguiram oferecer uma imagem irreal. Eles também negam que os chineses não sejam vacinados, como afirmam. Dizem que estão com Sinovac-Coronavac ou Sinofharm, baseados na tecnologia tradicional do vírus atenuado, segundo eles com efeitos colaterais bem mais brandos que os ocidentais.
