Proteger o médico garante a segurança do paciente

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Especialistas da área da saúde debateram esta semana como reduzir os riscos, erros e danos sofridos pelos pacientes durante a prestação de cuidados. Numa mesa redonda, organizada pelo Conselho Geral dos Colégios Oficiais de Médicos, o presidente da AMA e da Fundação AMA, Dr. Diego Murillo, sublinhou que “proteger o médico garante a segurança do doente”.

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Depois de recordar que a Lei da Autonomia do Doente “representou um antes e um depois para os profissionais de saúde”, explicou que o doente tem vindo a adquirir uma atitude “cada vez mais ativa”. Em vez disso, o médico “perdeu a autonomia” e age “sob constante ameaça de processo judicial”. Perante esta situação, o Dr. Murillo reforçou a “necessidade imperiosa” de o trabalhador de saúde dispor de Seguros de Responsabilidade Civil Profissional, como os oferecidos pela AMA.

Ele também destacou a importância de aprovar a escala de danos à saúde, já que “essa deficiência prejudica nossa comunidade médica, os pacientes em geral e até o próprio sistema judiciário”.

Por sua vez, é importante, na opinião do presidente da AMA, a formação dos profissionais para prevenir possíveis reclamações, sobretudo em matérias como o consentimento informado, a elaboração da história clínica ou a comunicação com o doente.

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Algumas questões que também foram discutidas em o Workshop sobre o “XX aniversário da Lei da Autonomia do Doente e os problemas por resolver”, organizado esta semana pela AMA no âmbito do XXVIII Congresso Nacional de Direito da Saúde.

Durante este evento, a diretora-geral adjunta da AMA e responsável pelo ramo da Responsabilidade Civil Profissional, Raquel Murillo, lembrou que “o respeito pela autonomia do doente é atualmente uma obrigação ética e legal essencial para garantir o exercício do bom exercício profissional na área da saúde.

Murillo tem destacado o papel ativo da AMA na evolução da aplicação da lei, através do aconselhamento e formação permanente dos profissionais de saúde, bem como da sua defesa numa multiplicidade de processos judiciais.

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E com vista ao futuro, explicou que “estamos perante uma realidade em contínua transformação, que nos obriga a abordar algumas questões sob uma nova perspectiva”, como o lei da pandemia, a regulamentação da telemedicina ou a relação entre capacidade e autonomia do paciente. Questões que “exigirão mudanças em nossa legislação” garantir a segurança jurídica de pacientes e profissionais de saúde.

Durante o workshop, Ana Pastor, segunda vice-presidente do Congresso dos Deputados e ex-Ministra da Saúde, fez uma revisão da Lei 41/2002, que “pela primeira vez contempla os direitos e obrigações em matéria de informação clínica”.

Uma Lei muito relevante, mas que “tem gerado inúmeras demandas judiciais pela dificuldade de distinguir entre informação e documentação clínica”.

Neste sentido, solicitou um novo marco regulatório sobre telemedicina, ensaios clínicos, uso de Inteligência Artificial e também sobre consentimento informado.

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