A Agência de Saúde Pública não pode ser um bar de praia

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A crise desencadeada pela pandemia de Covid-19 e agora continuando com a pandemia de varíola símia descobriu a vergonha dos lotes sanitários esquerda mais ideologizada da Espanha: o atenção primária e saúde pública. Ao contrário do que tem acontecido com os hospitais, que no início sofreram para conter a avalanche de infectados pelo coronavírus, mas depois conseguiram se recuperar, o chamado primeiro nível de atenção ou porta de entrada do sistema de saúde não parou de levantar a cabeça. Oprimido pela burocracia e vítima de uma desesperada falta de capacidade de resolução, o primário vacilou espartilhado em um sistema burocrático e rígido que tentou transformar seus funcionários em funcionários e agora paga o preço por isso. A falta de vocações que se aprecia na eleição do MIR incita à prática de reformas urgentes que o plano elaborado pelo Ministério da Saúde não conseguiu incorporar, como denunciam até as organizações mais progressistas. Ou muda de cima para baixo ou o modelo morre.

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Com a saúde pública algo semelhante acontece. Incapaz de detectar no início de 2020 o que estava por viro sistema articulado deu muitos sinais de lentidão e ineficiência: em todo esse tempo ele sempre esteve atrás dos acontecimentos, ao invés de antecipá-los. Convém não esquecer a brandura do Governo nesta secção específica. Demorou sete ondas para passar que deixaram dezenas de milhares de mortese que uma nova pandemia chegaria para que o Executivo finalmente se animasse a abrir uma agência estadual. Resta não se tornar um bar de praia para premiar Fernando Simón ou o silêncio cúmplice de alguns epidemiologistas esses anos.

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