“Pouco sono, estresse e correria fazem muito mal para a saúde do cérebro”

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Há mais de 20 anos que revoluciona o conceito de cuidado do cérebro, aquela pedra angular do nosso corpo que, embora não se veja, é fundamental.

O cérebro é o órgão mais importante?

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Não sei se é o mais importante, mas certamente é crucial. O que acontece nele afeta o resto do corpo, tanto para o bem quanto para o mal, e influencia nossa capacidade de usar o resto do corpo.

O que ele pode fazer pela nossa saúde?

Muito, porque o que acontece a nível neuronal e neuroquímico repercute no resto do organismo. Cuidar da saúde física, emocional e neural pode reduzir o risco de desenvolver algumas doenças.

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Cuidamos bem dele ou é desvalorizado?

Infelizmente, cuidar do cérebro é algo de que não estamos cientes. Nossa preocupação com a saúde do cérebro costuma aparecer quando começamos a notar problemas de memória ou concentração, mas não percebemos que deve ser algo constante e prioritário.

Qual é a coisa mais prejudicial que fazemos a ele?

Infelizmente, temos cada vez mais hábitos que danificam nosso cérebro. Estresse, correria, pouco sono e sono ruim fazem muito mal ao cérebro. Também não ajuda usar telas continuamente ou recorrer à tecnologia para resolver problemas que poderíamos resolver com nossos cérebros. Mas, para ser sincero, acho que a coisa mais prejudicial que fazemos é esquecer que o cérebro existe e precisa ser cuidado. Da mesma forma que cuidamos da alimentação e dos exercícios, também devemos introduzir os cuidados com o cérebro em nossa rotina, mas como não se vê um cérebro em forma, esquecemos.

Envelhecemos prematuramente?

Definitivamente. Embora mais do que envelhecer o cérebro, eu diria que o que estamos fazendo é permitir que ele envelheça. O cérebro tem a capacidade de se manter jovem para sempre, mas depois dos 30 anos precisa que façamos a nossa parte para isso, porque se não tende a envelhecer, que nada mais é do que uma fase de certo conforto e letargia, em que Limita-se a repetir o que já foi aprendido, como um automatismo. Felizmente, isso é evitável e corrigível.

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Você propõe neurofitness. O que é?

Uma disciplina que engloba muitos aspectos. Por um lado, existe o autoconhecimento, que é saber como somos e porque somos assim e como funcionamos. Por outro lado, existem hábitos como alimentação, repouso, exercícios, hidratação e respiração, que contribuem para uma melhor saúde do cérebro. E por fim, existem os exercícios de neurofitness, que ajudam a estimular e ativar diferentes áreas do cérebro e melhorar o nível cognitivo. Esses exercícios também nos permitem trabalhar em um nível mais profundo e aprender a identificar e gerenciar melhor coisas como pensamentos ou emoções negativas.

Está ao nosso alcance ter um cérebro mais jovem e saudável?

Completamente. A menos que uma pessoa sofra de alguma patologia, é possível ter o cérebro 100% até o último dia, mas para isso é preciso dedicação e perseverança. Basta começar a cuidar mais do descanso e da hidratação, fazer uma caminhada e dedicar 15 minutos por dia para fazer alguma atividade que envolva um esforço para o cérebro, como ler em um idioma que não dominamos totalmente, fazer algo diferente a cada dia ou pratique alguns dos exercícios que compartilho em minhas redes.

Qualquer um pode fazer isso?

Sim. Não existe idade máxima porque o cérebro nunca perde a capacidade de aprender. E nem mesmo um mínimo como tal. O efeito do neurofitness nas crianças é ainda mais surpreendente e é espetacular o que se pode conseguir quando este bom hábito é mantido ao longo da vida.

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