Diagnósticos de esclerose múltipla aumentam entre jovens entre 20 e 40 anos

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Diagnósticos de esclerose múltipla aumentam a cada ano na Espanha, especialmente entre os jovens, entre 20 e 40 anossegundo a coordenadora do Grupo de Estudos de Doenças Desmielinizantes da Sociedade Espanhola de Neurologia (SEN), Ana Belén Caminero (1963).

Caminero, atualmente chefe da Secção de Neurologia do Complexo Assistencial de Ávila, onde coordena a Unidade de Doenças Desmielinizantes, foi escolhida no início de 2023 para o cargo durante os próximos dois anos, e entre os seus objetivos está a criação de um registo nacional de pacientes com esclerose múltipla, já que atualmente não existe e tem suas complexidades para instalá-lo.

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Cerca de dois mil novos casos todos os anos

Em entrevista à Agência EFE, ele detalha que a cada ano, cerca de 2.000 novos casos de esclerose múltipla são diagnosticados na Espanhauma doença neurológica crónica que afeta cada vez mais “mais jovens”.

Nesse sentido, o neurologista chama a atenção para o facto de a “estreia” de doentes nesta doença cuja causa se desconhece ser cada vez mais precoce, destacando entre os pessoas de 20 a 40 anos.

No contexto global, ele aponta que a prevalência da esclerose múltipla está aumentando em todo o mundo, como na Espanha, que Tem uma prevalência “média alta”, quando há alguns anos era baixa.

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Aperfeiçoamento em tratamentos que prolongam a sobrevida

A coordenadora do Grupo de Estudos de Doenças Desmielinizantes do SEN salienta que “melhorias nos tratamentos” que vêm ocorrendo nos últimos anos, permitem que a sobrevida desses pacientes “não seja excessivamente abreviada”.

Assim, ele apontou que aqueles que sofrem desta doença eles podem viver além dos 60 anos com uma “qualidade de vida relativamente boa em 80% dos casos”.

Rodríguez, recentemente eleito o novo coordenador do Grupo de Estudos de Doenças Desmielinizantes do SEN, é licenciado em Medicina e Cirurgia pela Universidade de Valladolid, especialista em Neurologia pelo Hospital La Paz de Madrid e mestre em Neuroimunologia pela Universidade Autónoma de Barcelona.

Em sua longa trajetória até chegar ao Complexo Assistencial Ávila em 1993 e posteriormente, passou por Denver (Estados Unidos), Nova York (Estados Unidos) e Vancouver (Canadá), além do Centro de Esclerose Múltipla da Catalunha (CEMCAT ), no Hospital Universitário Vall d’Hebron.

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Como especialista em esclerose múltipla, destaca que nos últimos anos “muito evoluiu no tratamento” das doenças neurológicas, pois até ao século XX “só se faziam diagnósticos, mas poucos tratamentos”.

A este respeito, Ana Belén Caminero reconhece a “incubação” de tratamentos que estão ocorrendo em duas áreas da neurologia, como acidente vascular cerebral e esclerose múltiplaque está a conseguir “melhorar a qualidade de vida” dos doentes e “prolongar a sua sobrevivência”.

A aposta na investigação parte das empresas farmacêuticas

Neste contexto, Caminero sublinha que a aposta na investigação parte das empresas farmacêuticas e considera que seria “desejável” que as diferentes administrações seguissem este caminho, algo que acontece mais fora de Espanha.

Sobre a sua eleição como coordenadora do Grupo de Estudos de Doenças Desmielinizantes da Sociedade Espanhola de Neurologia (SEN), Ana Belén Caminero destaca que, entre outras missões, deve “zelar pelos interesses dos pacientes”, para que “sejam atendidos sem desigualdade no território nacional”.

Da mesma forma, tem de “assegurar os interesses do grupo de neurologistas” e colaborar com as associações de doentes, sendo “o elo entre os neurologistas e a administração de saúde” e com as sociedades científicas europeias, resume.

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