“Tudo o que vem em lata, pote ou ultracongelado é processado”

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1. Maltratamos nosso corpo com nossas dietas?

Sim, maltratamos, pois a maioria da população não se alimenta de forma saudável e correta. Gorduras saturadas, açúcares refinados e álcool são abusados, além disso, poucos vegetais, frutas e legumes são consumidos. Os primeiros são os principais agressores do aparelho digestivo e os segundos são os protetores.

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2. Por que certos alimentos causam desequilíbrios em nosso corpo?

Certos alimentos, como gorduras saturadas, têm um efeito inflamatório na mucosa digestiva. Eles o inflamam em sua totalidade e fazem com que a função de digestão e absorção do sistema digestivo seja alterada e piorada. Açúcares refinados e farinhas também alteram a secreção de insulina e isso faz com que mais triglicerídeos se acumulem no fígado, o que pode significar um fígado gorduroso que, se progredir, compromete as funções hepáticas e a boa digestão. As gorduras também fazem com que o suco gástrico mais ácido seja secretado no estômago e promovem o refluxo gastroesofágico e a gastrite. Nisso, fast food, doces industriais e alimentos ultraprocessados ​​são os piores, pois são carregados de gorduras nocivas, açúcares e farinhas refinadas.

3. Quais são os alimentos que produzem acidez e, portanto, nos prejudicam?

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Estamos falando de gorduras saturadas (vaca, porco, cordeiro, laticínios integrais, vísceras, sobremesas, embutidos gordurosos não magros -chorizo, salchichón, fuet, chistorra, morcela, queijos curados-, creme, sorvete, fast food , doces industriais, alimentos pré-cozidos e ultraprocessados), álcool, excesso de café e refrigerantes. Alimentos excessivamente ácidos podem promover azia (tomate, pimenta, laranja, limão, toranja, kiwi, morango, abacaxi), mas se nosso sistema digestivo estiver em boa forma e comermos de maneira saudável, podemos comprar frutas e vegetais ácidos sem problemas. O mesmo acontece com os alimentos condimentados, se forem moderados e o aparelho digestivo estiver bem são até benéficos, mas em excesso ou com uma alimentação pobre podem aumentar a acidez.

4. Esse PH ácido, que danifica as vilosidades intestinais e altera a absorção de micronutrientes, também tende a promover inflamação e perda de minerais?

De fato, como essa acidez no intestino delgado atrofia as vilosidades intestinais e a capacidade de absorção de minerais é diminuída, devido ao ambiente ácido e à inflamação. Além disso, costuma causar diarreia em que há perda de nutrientes, principalmente minerais. E algo muito importante é que esse meio ácido pode alterar nossa microbiota, desequilibrando-a e fazendo com que a inflamação persista na mucosa intestinal e altere a absorção, seja absorvendo produtos indesejados ou deixando de absorver nutrientes necessários.

5. E quais são os alimentos que favorecem um ambiente alcalino e também a funcionalidade orgânica?

Os alimentos que promovem o aumento do pH e a alcalinização do corpo são muito benéficos, pois esse ambiente menos ácido favorece uma microbiota equilibrada e tem efeito anti-inflamatório em geral. Entre eles estão a maioria das frutas e vegetais (com exceção dos tomates). Também leguminosas, brotos tenros, sementes e nozes. Proteínas de carnes magras (frango, peru), peixes brancos (pescada, dourada, garoupa, robalo, etc.), ovos, laticínios desnatados (especialmente iogurte e kefir) podem contribuir. Os 7 alimentos mais alcalinizantes são espinafre, couve, pepino, brócolis, abacate, aipo e pimentão. Até o limão é um grande aliado para elevar o pH.

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6. Existe todo um grupo de alimentos que deve ser incluído ou nenhum deve ser excluído?

Todos os dias deve haver consumo de frutas e verduras, onde não faltam frutas de folhas verdes e frutas vermelhas (amoras, mirtilos, morangos, framboesas, cerejas), mas em geral chegar a 4 porções de frutas e verduras por dia no mínimo. As leguminosas também devem estar presentes, pelo menos duas vezes por semana e nozes como nozes, amêndoas, avelãs. O que devemos excluir são fast food, doces industriais, alimentos pré-cozidos e ultraprocessados ​​(tudo que vem em lata, pote ou ultracongelado é processado), refrigerantes, álcool de alta qualidade, sobremesas (artesanais sim, mas uma vez por semana), farinha branca (especialmente pão e macarrão), açúcar branco e refinado (melhor, panela ou xarope de bordo ou agave).

7. E quanto ao álcool?

O álcool em excesso ou muito frequente não é um bom aliado para o sistema digestivo. Devemos beber apenas vinho e uma cerveja ocasional. O vinho branco é mais digerível devido à menor presença de taninos, mas em geral não devemos ultrapassar 7 copos de vinho ou copos de cerveja por semana. Além de eliminar, ou que seja um consumo anedótico, álcool de alta qualidade, como destilados.

8. ¿Además de la alimentación es necesario intentar que no exista una mala gestión del estrés para evitar que las comidas nos sienten mal, que la tiroides nos funcione como es debido y que no haya una sobrecarga de glándulas suprarrenales, una fatiga crónica y un dor muscular?

De fato, além de alguns alimentos já mencionados, o maior inimigo do sistema digestivo é o estresse e a ansiedade que ele causa. Por si só, aumentam a produção de suco gástrico com a consequente acidez, alteram e desequilibram a microbiota (com grandes consequências para a saúde, não só digestiva), aumentam a produção de cortisol, que faz com que seja gerado stress oxidativo nas células e um estado inflamatório no corpo (base de diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, doenças autoimunes…). Além disso, essa ansiedade que não é bem canalizada e eliminada gera transtornos alimentares onde a pessoa consome açúcar e farinha branca após o expediente e compulsivamente para acalmar a ansiedade.

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