No contexto das greves dos médicos, volta a falar-se em privatizações por parte dos que ainda defendem este modelo como sinónimo de eficiência. Por isso, vale lembrar que o modelo de concessão Alzira é um modelo falido, baseado na privatização sob demanda, resgatados com dinheiro público numa primeira fase e entregue novamente para a mesma empresa com condições mais vantajosas para isso.
Além disso, é um modelo cheio de suspeitas, como confirma a Intervenção Geral da Generalitat Valenciana em seu relatório 2003-2012 sobre concessões a empresas privadas, que inclui irregularidades, abandono de funções de controlo por parte da Administração, más práticas e fazer acordos em órgãos não competentes.
Sem esquecer os 19 anos (desde o seu início até a mudança de signo político no governo valenciano) em que usufruiu das vantagens que o governo conservador não procedeu ao encerramento de exercícios ou liquidações de praticamente todas as áreas privatizadas (um total de cinco departamentos que somaram cerca de um milhão de habitantes) e que ultrapassou a cifra a favor da Administração pública de mais de 300 milhões de euros.
Por isso afirmo que O modelo de Alzira é um modelo falidopois sem todo esse processo enviesado de opacidade e descontrole sob a proteção do conluio político para favorecer interesses privados, sustentado pela ideologia neoliberal do “capitalismo de compadrio”, a empresa concessionária teria falido.
