“Superar um AVC na infância é uma luta constante e nos sentimos abandonados pela Saúde”

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o último dia de Páscoa 2017a vida de Fernando e Núria quebrou, porque um convidado inesperado invadiu sua casa: AVC pediátrico. Seu filho mais velho, Fer, sete anos e saudável, “ele estava cantando em seu quarto. Depois de um tempo ele apareceu na sala com o rosto contorcido. Sentou-se no sofá e começou a deslizar, falando incoerentemente. Foi um golpe manual”, lembra Fernando. Núria nem imaginava, bem “Não sabia que acontecia em crianças”.

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Naquela época, o Código de AVC Pediátrico ainda não existia na Comunidade de Madri. “Havia muita confusão quando se tratava de atuar. A ambulância ficou parada na estrada até decidir para qual hospital iria »lembra Fernando. Após semanas de internação e muito medo, ambos lembram da solidão de não saber por onde começar. “Você se sente muito perdido.” E apesar de tudo, «Tivemos muitos anjinhos pelo caminho. Entrar na Unidade de Lesões Cerebrais Adquiridas do Hospital Niño Jesús de Madri foi uma loteria. Graças a todo o trabalho de reabilitação, Fer estava recuperando a fala e melhorando sua mobilidade com muito esforço, embora mantenha algumas sequelas cognitivasexplica Núria. Agora, aos 13 anos, Fer vai para a escola pela manhã e passa as tardes entre a terapia ocupacional, a psicóloga, a fisioterapeuta, a psiquiatra… «A sua auto-estima é baixa e está a aprender a viver com as suas limitações. Lutamos para que no futuro ele não seja uma pessoa dependente e possa se defender sozinho, mas é preciso mais ajudaporque tudo isso é pago pelas famílias”, lamenta Fernando, que enaltece o figura do zeladorpois, diante desse revés, abandonou a carreira profissional para se dedicar ao filho.

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a história de curry

o pequeno show nascido com cardiopatia congênita assintomática que lhe permitiu levar uma vida totalmente normal. Até 2020. «Com a pandemia, cancelaram o exame cardíaco e, embora tenha começado com tonturas, os médicos não lhe deram importância. Era verão e saímos de férias”, lembra Iria, sua mãe. Mas a tontura aumentou e os cardiologistas recomendaram que ele voltasse para Madri. Após uma operação cardíaca de emergência, “Curro aparentemente passou bem, embora um intensivista tenha me dito que durante a operação a criança sofreu uma convulsão em uma perna.. Ninguém deu mais importância”, lamenta Iria. aquela convulsão Foi um golpe que, “se o soubéssemos interpretar, nos teria permitido agir a tempo e as consequências para a criança seriam muito menores ». E é que, após a operação, “o prognóstico de Curro foi desastroso: “Seu cérebro foi muito afetado. Ele não falava nem andava e permanecia semiconsciente.. Quando tiveram alta, falaram-nos da Unidade de Lesão Cerebral Menino Jesus e conseguimos entrar dentro de uma semana”, explica Iria, que agradece todo o trabalho que lá é feito, porque «Graças à equipa multidisciplinar de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional e neuropsicólogos, começou a recuperar a mobilidade, controlar o tronco e a cabeça e até falar. Mas depois de um ano e meio lá te dão alta e acabou. Agora toda aquela terapia que ele tem de manter para continuar a avançar é paga por nós”, lamenta Iria, que admite sentir-se “abandonado pela Saúde”. Até hoje, «Curro não anda e precisa de ajuda para tudo, embora esteja a conseguir conquistas que nos enchem de esperança. É por isso que devemos insistir que agir a tempo é vital.

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